Jogador foi apresentado há mais de 10 dias, na Sérvia O Caxias teve de manter apenas um percentual reduzido dos direitos econômicos do atacante Cristian Borja, para evitar perdê-lo sem ressarcimento algum ao final do contrato, em junho de 2011.
A informação foi dada nesta terça-feira, pelo empresário Jorge Machado, principal parceiro grená e pai de Kauê Machado, agente do jogador.
O negócio confirmou-se há mais de 10 dias, mas apenas na terça-feira veio à tona. Agências e sites de notícias esportivas de todo o país deram conta da apresentação do atacante Cristian Borja pelo Estrela Vermelha, de Belgrado, clube que divide a maior tradição do futebol da extinta Iugoslávia com o Partizan — uma rivalidade que chega a ganhar contornos de sanguinolência na atual Sérvia.
O padrinho da negociação seria o camisa 10 flamenguista Petkovic, conforme registra o site oficial da equipe, em apresentação datada de 17 de dezembro.
Contudo, inversamente proporcional à discrição com que o Caxias conduziu a transferência, deve ser o reembolso obtido por ela.
— Foi um empréstimo com valor de passe estipulado por dois anos. O Caxias mantém um percentual reduzido dos direitos econômicos em futura venda. O jogador fica com outro e um fica comigo — explicou Jorge Machado, o único disponível para falar sobre o assunto.
Segundo o empresário, foi o típico caso de entregar os anéis para proteger os dedos.
— O jogador ficaria livre ao fim do contrato com o Flamengo (em junho de 2011, simultâneo ao vínculo com o clube grená). O Caxias não receberia nada. Assim, como fizemos, ainda se mantém alguma coisa para futura negociação.
Pelo empréstimo em si, a quantia que chegará ao Centenário é considerada "pouco significante". Aproximadamente 60% de algo entre 100 e 150 mil dólares.
— Na verdade, o que conseguimos foi dar uma sobrevida ao contrato, porque o Cristian sairia livre e o Caxias não receberia nada — sentenciou Machado.
Tradição é o que não falta ao novo clube de Cristian Borja. Em 1991, o Estrela Vermelha sagrou-se campeão europeu (contra o Olympique de Marselha), Mundial (sobre o Colo Colo) e levou o último título nacional da Iugoslávia antes da dissolução do país. O atual treinador é o ex-craque Prosinecki.
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