Everton: "É uma alegria imensa voltar"
Atacante chega disposto a repetir o futebol do último Gauchão
Márcio Serafini
marcio.serafini@pioneiro.com
De volta ao Caxias oito meses após ser emprestado ao Inter, Everton foi apresentado no final da tarde de ontem com pompa de reforço. E é mesmo. Sorridente e esbanjando motivação, o atacante quer repetir o ótimo desempenho do último Gauchão.
As cenas do reencontro, repletas de abraços aos ex-companheiros, funcionários e dirigentes, e as palavras de Everton tranquilizam o torcedor preocupado com a motivação do jogador. Afinal, embora não fosse titular, Everton integrou o grupo campeão da América pelo Inter e participou da reta final da campanha do acesso do Bahia à elite.
Agora, ele retorna ao clube com o qual tem contrato até 2013, mas com uma valorização salarial que assegura sua permanência, ao menos, para o Gauchão. Será o mesmo Everton? Ele tratou de dissipar as dúvidas:
– O torcedor vai ver o mesmo Everton. É uma alegria imensa voltar. Gosto muito daqui. Sei que o torcedor está comigo.
À vontade, Everton brincou ao devolver ao assessor de imprensa Rodrigo Fatturi a camisa usada para as fotos da reapresentação.
– A 10 não é comigo, não – afirmou, lembrando ter vestido a camisa 7 no Gauchão.
Everton foi destaque e um dos goleadores do time na competição, em que o Caxias sofreu apenas uma derrota em 16 jogos e ficou em terceiro lugar, garantindo vaga na Copa do Brasil e a taça de campeão do Interior. Poderia ter sido ainda melhor. Everton confessa que não esqueceu a eliminação diante do Ypiranga, nas quartas de final do segundo turno, e quer mais em 2011.
– Estou voltando com muita vontade para conquistar os títulos que a nossa torcida aguarda. Nosso primeiro objetivo será o Gauchão, depois vamos em busca do acesso à Série B. Isso tem que acontecer de um jeito ou de outro – afirmou.
Da passagem pelo Inter, Everton valoriza o fato de ter integrado um grupo campeão. Questionado se o fato de ter sido escalado como centroavante por Celso Roth prejudicou seu futebol, evitou qualquer crítica.
– Não tenho que escolher posição. Meu jogo não encaixou, mas a passagem foi boa. Só tenho a agradecer.
No Bahia, Everton encontrou um grupo embalado, a 10 jogos do término da Série B. Mesmo assim, marcou dois gols. E entendeu por que não foi titular na Boa Terra:
– O Jael e o Adriano vinham bem. O técnico não tinha por que tirá-los.
Um problema que Everton não deverá enfrentar no Caxias. Basta ser, como anunciou, aquele Everton do último Gauchão.
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