segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Pelotas 1 x 2 Brasil: Passeio na Avenida

Com direito a gol relâmpago, equipe Xavante vence o arquirrival na Boca do Lobo e ainda dá volta olímpica no estádio áureo-cerúleo

Foto  Blog Futebol On Line

Quem mora em Pelotas sabe que nos finais de semana, quando abre aquele sol, um dos principais programas da cidade é o passeio na tranquila Bento Gonçalves. Pode-se dizer que é até mais do que um programa. É quase uma rotina, um costume, um hábito, ou mesmo uma regra, que o time rubro-negro seguiu direitinho.

Tudo aconteceu na tarde deste domingo, quando o Brasil resolveu curtir o clima da avenida, mais precisamente do estádio da Boca do Lobo. Lá, na casa do Pelotas, o Xavante venceu o arquirrival por 2 a 1, com um gol relâmpago de Luiz Carlos (aos 18 segundos de jogo), e mais um do maestro e artilheiro Athos, que recolocou a equipe da Baixada na frente, depois que os áureo-cerúleos empataram o clássico com o zagueiro Júnior Paulista.

Com a vitória no BRA-PEL, a segunda consecutiva pela Copa Laci Ughini, o rubro-negro pode sentir aquele sabor especialmente doce, como o de quem come uma especiaria pelotense das bancas que se aglomeram nos canteiros da alameda principal. Sem falar que, para fechar o passeio, no final da partida ainda teve entrega de troféu, volta olímpica e muita festa. Mais animada, inclusive, que qualquer uma das tradicionais casas noturnas das redondezas.

Não bastasse tudo isso, o Brasil ainda foi embora carregando três pontos, que o elevaram ao segundo lugar na classificação da Chave Região da Fronteira. Ainda faltando uma rodada para o término da primeira fase da competição estadual, o time vermelho e preto, agora, já está com a vaga garantida no primeiro mata-mata, e luta apenas pela liderança do grupo na próxima partida, marcada para 20h desta quinta-feira, contra o Riopardense, no estádio Bento Freitas. Isso que é programa de índio, mas de índio Xavante!

O JOGO
O Brasil começou o jogo arrasador, fulminante, impiedoso, demolidor. Após o apito inicial, o time rubro-negro saiu trocando passes, de pé em pé, até que Athos recebeu no meio e fez um lançamento milimétrico para Galego. O lateral-esquerdo chegou à linha de fundo e cruzou na primeira trave, onde Luiz Carlos se antecipou à defesa do Pelotas para fazer 1 a 0 com um gol relâmpago. Isso porque a cabeçada certeira do Imperador foi aos 18 segundos (isso mesmo: 18 segundos), antes mesmo dos áureo-cerúleos conseguirem tocar na bola.

Quando teve o domínio, entretanto, os donos da casa também foram rápidos para responder. Não tão rápidos, mas logo aos quatro minutos eles chegaram ao empate. Na cobrança de um escanteio pela esquerda, o zagueiro Júnior Paulista subiu com estilo e deixou o marcador igual.

A partir daí, o clássico praticamente entrou em ebulição. Ficou emocionante, cheio de alternativas, de chances de gol. Uma delas convertida por Athos. Aos 14 minutos, depois de uma bobeira da zaga azul e amarela, Marcos Denner roubou a bola no círculo central, avançou pelo meio e deu um passe primoroso para o camisa dez da Baixada, que invadiu a área e tocou, com muita categoria, na saída do goleiro Willian Lago. Festa da enlouquecida torcida rubro-negra. A única, aliás, que lotou o espaço que lhe foi reservado nas arquibancadas.

Com 2 a 1 no placar, a equipe Xavante passou a administrar mais a partida. O Pelotas bem que tentou atacar, mas com pouca eficiência. No segundo tempo, o clássico ficou até mais calmo. Uma porque o Brasil estava sossegado, e outra porque o Lobão já não tinha mais garras para insistir em tantos ataques fracassados, ou interrompidos pelas defesas do goleiro Vanderlei.

O arqueiro Xavante, inclusive, foi o único que deu um susto no torcedor. Aos 38 minutos, num lance normal, ele caiu de mau jeito e deslocou o dedo indicador da mão esquerda. Como o Brasil não podia mais fazer substituições, o Dr. André Guerreiro teve que recolocar o dedo para o lugar na hora, e o camisa um foi até fim jogando no sacrifício. E jogando muito. Aos 50 minutos, numa das raras escapados do setor de frente do Pelotas, ele se jogou nos pés do atacante Cleiton, encaixou a bola e assegurou a vitória. Não só a vitória, mas também a festa.

Porque com o apito final os jogadores vibraram muito e correram todos eles para os braços da ‘maior e mais fiel’. Ensandecidos, os torcedores rubro-negros aplaudiram, gritaram, se empolgaram com o troféu Émerson Vieira, concedido ao vencedor do clássico, e ainda lembraram de cantar o ‘parabéns a você’ para Pelotas, que faz aniversário nesta terça-feira.

- Acho que a estratégia foi boa, a equipe se portou bem a partir das dificuldades do jogo, e a torcida jogou junto. Eu queria até agradecer a torcida Xavante, porque quando ela joga junto é bom demais. Esse ano é tão importante para o clube, é o ano do centenário, e a gente precisa resgatar essa união entre o time e o torcedor para buscar seguir no nosso objetivo e conquistar o título desse campeonato – disse o técnico Luizinho Vieira na entrevista coletiva.
 
 
Leonardo Crizel
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