sábado, 1 de outubro de 2011

Copa Laci Ughini - São Paulo 2 x 1 Brasil

Em um clássico recheado de lances polêmicos, time Xavante sai perdendo por 2 a 0, busca a igualdade, mas acaba esbarrando no apito

Não foi a primeira derrota que o time rubro-negro sofreu jogando fora de casa na Copa Laci Ughini. Contudo, nunca na história dessa competição o Brasil havia enfrentado um jogo tão conturbado pelo trio de arbitragem. Na noite desta quinta-feira, no clássico da zona sul, em Rio Grande, o time da Baixada até chegou a levar 2 a 0 do São Paulo, mas reagiu, descontou, e só não empatou por causa de um gol anulado e de um pênalti não marcado.

De qualquer jeito, com a derrota no estádio Aldo Dapuzzo, o Xavante se manteve com 12 pontos, e caiu uma posição na tabela da Chave Região da Fronteira. Quem assumiu o terceiro lugar foi o Guarany de Bagé, que venceu o xará de Camaquã na rodada, chegando a 15 pontos. E vai ser justamente o clube da Rainha da Fronteira o próximo adversário do Brasil na ‘copinha’. Nesta segunda-feira, a partir das 20h, as duas equipes vão medir forças no gramado do estádio Bento Freitas, e o rubro-negro pode retomar a terceira colocação já neste confronto. Basta uma vitória, independente do placar.

O JOGO
O Brasil ignorou o fator local, o barulho da torcida rio-grandina, e foi pra cima desde o apito inicial. Tanto é que, logo aos dois minutos, Juninho aproveitou um rebote na frente da área e mandou um chutaço na gaveta, defendido milagrosamente pelo goleiro Bruno Grassi.

Do outro lado, o São Paulo tentava responder na base da ligação direta, mas a zaga formada por Jr. Carvalho e Ânderson Bill ganhava todas as disputas na defesa rubro-negra, e ainda saia jogando com a bola no chão, abastecendo o setor de criação com qualidade, e fazendo com que o time chegasse cada vez com mais perigo, inclusive com os próprios defensores. Como aconteceu aos 16 minutos. Após grande jogada individual de Athos, Galego foi lançado na linha de fundo, cruzou na primeira trave e Jr. Carvalho quase abriu o marcador com um testaço.

O Leão do Parque só foi mostrar as garras aos 27 minutos. Depois de um bate/rebate na área Xavante, Alex Amado ficou com a sobra no bico da grande área e bateu cruzado. Na frente do gol e numa posição, no mínimo, duvidosa, o centroavante Ânderson Catatau desviou a trajetória da bola e mandou para a rede. Não dando a mínima chance de reação ao goleiro Vanderlei.

A equipe da casa cresceu com o gol marcado, e chegou, pelo menos, mais duas vezes com perigo no primeiro tempo. O 1 a 0 só se manteve até o intervalo graças a uma grande atuação do arqueiro Xavante, que pegou um chute à queima-roupa e cortou um cruzamento meio segundo antes de o atacante adversário chegar.

Na segunda etapa, depois de esperar 35 minutos pelo retorno da ambulância, o Brasil voltou a campo dando uma blitz no rubro-verde. Marcos Denner, aos cinco minutos, quase empatou de cabeça. Mas aí, num chutão pro alto que virou um contra-ataque, os dono da casa ampliaram. Alex Amado foi quem correu para alcançar a bola quase na linha de fundo e depois cruzar rasteiro para Ânderson Catatau fazer o segundo gol dele e do São Paulo no clássico.

Para tentar recuperar o prejuízo, o técnico Luizinho Vieira promoveu duas substituições: no meio-campo, João Emir entrou no lugar de Neto; e no ataque, Marcos Denner saiu para a entrada de Luiz Carlos. O time vermelho e preto passou a dominar por completo a partida, foi para o abafa, entretanto, apesar da superioridade, conseguiu assustar mesmo apenas aos 24 minutos. Foi quando Juba pegou um rebote dentro da área, mandou para o gol de primeira e viu o zagueiro Cirilo salvar em cima da linha.

Com a derrota latejando na cabeça, o treinador rubro-negro resolveu mexer de novo, e a terceira alteração acabou dando resultado direto e imediato. Na marca dos 30, Jone foi para o jogo substituindo Juninho e, na primeira participação dele na partida, marcou de cabeça, após cobrança de escanteio de Athos, pela esquerda.

Lutando para conseguir o primeiro ponto longe da Baixada na Copa Laci Ughini, o Brasil continuou pressionando e conseguiu empatar aos 42 minutos, em uma nova jogada de tiro de canto. Ânderson Bill desviou a bola lá no último degrau do terceiro andar, e Luiz Carlos, de frente para o crime, empurrou para a rede. O lance lembrou o primeiro gol do São Paulo. Desta vez, porém, o assistente levantou a bandeira e melou com a comemoração Xavante.

Não bastasse o impedimento marcado, nos acréscimos surgiu um lance ainda mais polêmico. Numa confusão dentro da área do time de Rio Grande, Luiz Carlos foi abraçado e jogado ao chão pelo volante Rodrigo Gaúcho, e o árbitro aplicou a lei da vantagem ao rubro-negro, que ganhou um escanteio na conclusão da jogada. Indignado pelo pênalti não marcado, o Imperador foi tirar satisfação com o homem de preto e acabou sendo expulso. Aos 51, o zagueiro Rudi também recebeu o cartão vermelho, e os dois times terminaram o jogo com dez homens em campo.

- O segundo tempo, principalmente, me agradou muito, porque a equipe reagiu e buscou o resultado. E eu acho que esse é o espírito dessa competição, a gente tem que colocar, literalmente, a ‘bundinha’ no chão para fazer com que as coisas aconteçam. Agora a gente tem um jogo em casa agora, e precisamos ganhar, para encaminhar a classificação e ir com tudo para o clássico (BRA-PEL) que temos pela frente logo em seguida – disse Luizinho Vieira.

MAIS PREJUÍZO
Após o jogo, a delegação Xavante foi direto para um restaurante dentro da cidade Noiva do Mar. E, para aumentar o prejuízo da noite, durante a janta dois vândalos de moto apedrejaram o ônibus rubro-negro, quebrando os dois parabrisas do veículo.
 
*Ficha técnica e fotos disponiveis no site.
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