Primeira derrota em casa custa a liderança ao Xavante
Jogando no Bento Freitas, Brasil perde para o São Paulo e termina a primeira fase da Segundona Gaúcha na terceira colocação
Não foi o desfecho imaginado pelos rubro-negros. Na tarde deste domingo, jogando no estádio Bento Freitas e ainda estreando uniforma do centenário, o Brasil precisava apenas de um empate para terminar a primeira fase da Segundona Gaúcha na liderança da Chave 1, e pegar um grupo teoricamente mais fraco na sequência da competição. Porém, mesmo com o cenário todo armado, o time Xavante acabou sofrendo com os desfalques, e foi surpreendido pelo São Paulo, que venceu o jogo por 2 a 1 e tomou a primeira colocação do Brasil.
Com a derrota, a equipe da Baixada também foi ultrapassada pelo Rio Grande e terminou essa arrancada pelo acesso ao Gauchão em terceiro lugar. Por causa dessa colocação, na próxima fase o Brasil vai encarar o Esportivo (de Bento Gonçalves), o Cerâmica (de Gravataí) e o Rio Grande, na Chave 9. A primeira partida desse novo grupo deve acontecer no domingo, mas a tabela de jogos ainda não foi divulgada pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF).
O JOGO
A partida começou em alta rotação. Antes mesmo do primeiro minuto, Galego cobrou falta pela direita e acertou a trave. Do outro lado, entretanto, o São Paulo também estava afim de jogo, e num contra-ataque rápido abriu o marcador. Aos cinco minutos, Douglas fez um longo e primoroso lançamento para o atacante Da Silva, que ficou cara a cara com o Luciano, e tocou na saída do arqueiro Xavante para fazer 1 a 0.
Improvisado num 4-3-3, por causa dos inúmeros desfalques, o time rubro-negro tinha dificuldades de articular jogadas de ataque. E mesmo povoando, o tempo inteiro, o setor de frente, ficava difícil conseguir a penetração na defensiva adversária. Cris, de cabeça, e Felipe Oliveira e Jackson, arriscando da entrada da área, chegaram a tentar resolver a situação, mas o empate estava custoso e não saiu no primeiro tempo.
Moscatelli até teve uma grande chance aos 42. O meia-atacante rubro-negro recebeu um ótimo lançamento de Jackson, entrou na área sozinho com o goleiro Henrique Nichel, só que resolveu bater de primeira e o camisa um do Leão do Parque defendeu com o pé, quase que no susto.
Depois do intervalo, o técnico Hélio Vieira promoveu a estreia do atacante Lino, que substituiu Jone, e o Brasil voltou para o campo com o mesmo ímpeto da etapa inicial. Logo na arrancada, Moscatelli desviou um cruzamento de cabeça, à queima-roupa, e Henrique Nichel evitou o empate com uma defesa espetacular.
Na jogada seguinte, novamente o camisa dez do Xavante chegou com perigo, chutando de longe e ganhando escanteio. Lino, Leandro Marangón, Flaviano e Felipe Oliveira também deram trabalho ao goleiro rio-grandino, que ia se segurando do jeito que dava.
Antes dos 20 minutos, o volante Leandro Marangón deu lugar a Juba, que – assim como Lino, também chegou a poucos dias na Baixada e pisou no gramado pela primeira vez com a camisa rubro-negra.
A mudança deixou o Brasil com quatro atacantes e ainda mais em cima do São Paulo. Só que, ao mesmo tempo, a equipe visitante ganhou mais espaço. E aproveitou. Aos 28, Da Silva recebeu na entrada da área, soltou uma bomba no ângulo direito de Luciano e aumentou a vantagem do rubro-verde.
O Xavante ainda descontou com uma tabela dos recém chegados. Juba, em jogada individual, arrancou pela esquerda, passou por dois marcadores, chegou à linha de fundo e rolou para Lino, que bateu de primeira e mandou para o fundo da rede. Só que o gol saiu tarde demais, já nos acréscimos, quando não havia mais tempo para reação.
- Por causa dos jogadores disponíveis, tivemos que optar por uma proposta de jogo onde nós sabíamos que iríamos correr risco de contra-ataque, e isso acabou acontecendo no primeiro gol. Já o segundo (gol) foi uma consequência da nossa busca pelo empate, porque nos fragilizamos atrás tentando alcançar o resultado. De qualquer modo, nós criamos oportunidades, tivemos um volume de jogo que até possibilitaria conquistar uma vitória, os jogadores não se omitiram, mas as circunstâncias não nos favorecerem – explicou o técnico Hélio Vieira.
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